A necessidade cria o desafio. Um Japão destruído pós-guerra precisava de um modelo econômico que aproveitasse o máximo do pouco espaço e recursos disponíveis. Ford com a necessidade de criar um sistema produtivo mais rápido e mais lucrativo do que o modelo artesanal. Um Steve Jobs voltando para uma Apple a beira da falência em 1997 com a necessidade de resolver o problema de uma coleção inconsistente de computadores e aparelhos periféricos que faziam a empresa perder foco e relevância. As necessidades do século passado produziram desafios que resolvidos, trouxeram diversos avanços tecnológicos e econômicos. Essas evoluções permitiram surgir novas necessidades, e consequentemente, novos desafios.
O primeiro desafio relevante do administrador do presente século é o controle de custos. Com a industrialização intensa e um mercado aquecido, as empresas tem a tendência de cada vez produzir mais. O aumento de produção gera tanto lucros maiores como custos maiores. Da necessidade de aumentar lucros, surge o desafio de diminuir custos, principalmente em momentos de crise com o mercado “frio”. São exemplos de soluções para este desafio a redução de custos fixos (utilizar lâmpadas de LED para reduzir consumo de energia) e o aumento da importância da Gestão de Qualidade nas empresas. Hunter Taylor em seu artigo “The Importance of Quality Management” para o site Bizfluent diz “Aplicando um sistema de qualidade numa cadeia de valores, é possível injetar uma abordagem sistemática para manter as necessidades de matéria-prima equivalentes as necessidades de produção, ajudando a reduzir os custos gerais de produção e consequentemente, sua margem de lucro”. O advento da Gestão da Qualidade também fez os gestores se preocuparem mais com a parte “não-visível” do “iceberg” 
https://www.citisystems.com.br/7-desperdicios-producao/
Outro desafio recorrente neste século é a capacidade de geração (e retenção) de conhecimento por parte das organizações. Com o advento da tecnologia, a difusão de conhecimento e de novas ideias, fez com que o mercado tomasse um ritmo acelerado e permitiu as empresas estudarem melhor as necessidades dos seus consumidores. Além disso, em um mercado acelerado, a inovação torna-se um grande diferencial competitivo. Nos anos 2000, a empresa Netflix sugeriu a Blockbuster (a maior do empresa do ramo) adicionar um componente online à sua operação de aluguel de fitas e DVDs. Em troca, as videolocadoras da rede dedicariam um espaço para a Netflix, que, na época, também alugava DVDs pelo correio. A Blockbuster recusou a oferta e uma série de outros acordos com a Netflix, que tornou-se sua principal ameaça. Segue um gráfico da receita das duas empresas nos anos seguintes:
http://www.b9.com.br/20220/como-a-netflix-destruiu-a-blockbuster-infografico/
Para o desenvolvimento de ideias e inovações possíveis de se transformar em algo tangível e passível de diferencial competitivo as empresas tem investido no desenvolvimento de habilidade de trabalho em grupo, a formação de atitudes colaborativas e a construção de relações de confiança entre os indivíduos organizacionais. Para reter o conhecimento dentro de uma organização e assim a tornar um local favorável ao desenvolvimento de ideias as empresas tem investido em layouts que favoreçam a troca de informações e contato de funcionários de diversos cargos e na transformação do conhecimento em documentos, processos e cultura organizacional.
Escrito por Mateus Vianna de Magalhães
Sem dúvidas o mercado está cada vez mais desafiante para os administradores. Os cenários estão sempre mudando e em um curto espaço de tempo, exigindo muita flexibilidade e resiliência. O exemplo da Netflix é um dos muitos em que houve uma completa transformação num ramo de negócio. Cabe aos administradores a capacidade de se antecipar a essas mudanças.
ResponderExcluirRealmente, a resiliência e capacidade de adaptação do Administrador é fundamental no mercado atual que vive em constante mudança.
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