Um
bom conceito de motivação é: fator responsável pela intensidade, direção e
persistência que o indivíduo possui para alcançar uma determinada meta ou
objetivo. Mas afinal, a remuneração é o principal fator motivacional sobre os
profissionais nas organizações? Hoje em
dia, as empresas vêm sendo pressionadas a apresentarem melhor desempenho e
resultados mais efetivos. Por isso os
gestores estão tão engajados no processo de motivar seus funcionários, já que
as pessoas são um importante vetor para que os objetivos organizacionais sejam
alcançados. Estudos revelam que a motivação dos colaboradores é um fator que
caminha junto com a produtividade, já que trabalhadores motivados e satisfeitos
estarão mais predispostos para o trabalho. Neste sentido, torna-se importante
entender quais são os fatores que geram motivação nas pessoas. No que tange à
remuneração, ao longo dos anos muito se discutiu a respeito do salário como
fator motivacional. Alguns estudiosos acreditam que o salário não exerce uma
grande influência motivacional nas pessoas dentro das organizações. Cada vez
mais pesquisas estão sendo produzidas buscando a ampliação do entendimento de
qual o real impacto da remuneração na motivação das pessoas. Percebe-se que há
um aumento no número de pesquisas no Brasil, tanto sobre motivação quanto sobre
a remuneração como ferramenta da gestão estratégica voltada para
resultados. No entanto, a quantidade de
material disponível gera a necessidade de ampliação do conhecimento sobre a
remuneração como fator motivacional.
Ao
longo dos anos, desde as primeiras escolas da Administração, muito se discutiu
a respeito do salário como fator motivacional.
Taylor acreditava que o salário constituía fonte de motivação e que o
trabalho seria executado unicamente por recompensas financeiras, portanto, a
gestão deveria incentivar a troca salarial em função do aumento da
produtividade. O modelo de Taylor foi fortemente combatido na década de 1950.
Nesta nova concepção, o ser humano passou a ser entendido como um como um ser
social, movido pelas interações com outros indivíduos e motivado por
necessidades sociais, psicológicas e expectativas grupais. Como grande parte
das teorias motivacionais foram desenvolvidas na década de 1950, o salário foi
pouco explorado como fator motivacional.
Nas
últimas décadas, viu-se que é preciso pensar na remuneração, isto é, no
conjunto de recompensas (inclusive o salário), como uma ferramenta estratégica
da empresa, ajudando a gerar consensos e atuando como alavanca de resultado.
Em
uma pesquisa realizada nas ruas do Espírito Santo, 91 pessoas foram
entrevistadas e responderam sobre motivação e remuneração. O gráfico mostra que
o salário não é o único e, muito menos, o principal fator motivacional dos
empregados. As respostas relacionadas com a remuneração representaram 32,41%,
sendo que: 11,65% se sentem motivados pela possibilidade de crescimento
profissional; os benefícios sociais concedidos pelas empresas (remuneração
indireta) representaram 10,63% dos fatores de motivação; e um bom salário
motiva 10,13% dos participantes. O salário é apenas uma forma de remuneração e,
portanto, é necessário incluir na análise as alternativas inerentes à
remuneração (salário e benefícios sociais) e aquelas que contribuem para o
impacto direto sobre a remuneração (crescimento profissional e melhoria da
profissão).
Observa-se
que os empregados percebem que a expectativa de receber mais dinheiro pode
levar o trabalhador a desempenhar melhor suas funções e se esforçar para
atingir e até superar a metas impostas pelas organizações. No entanto, o
dinheiro é apenas um dos fatores motivacionais.
Um bom ambiente de trabalho, onde as pessoas se sentem confortáveis e
reconhecidas, elogiadas, também se reflete no desempenho das atividades
profissionais. O profissional gosta de
se sentir valorizado e um outro fator que motiva o colaborador é a oportunidade
de crescimento.
Ass: Rodrigo Machado Pinto
Fontes:
Imagem https://blog.algartelecom.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Post_blog_Remunera%C3%A7%C3%A3oVari%C3%A1vel.png
http://www.novomilenio.br/periodicos/index.php/foco/article/viewFile/55/49
http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos15/6227.pdf
http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/a-relao-entre-a-remunerao-estratgica-e-a-reteno-dos-talentos-na-organizao-parte-2/