Tratando de um assunto tão amplo e muitas vezes
subjetivo - por generalizar um extrato da sociedade a um perfil - o texto foca
no desafio de uma única realidade sem deixar de lembrar da outra: no Brasil,
apenas 36% dos jovens entre 15 e 24 anos têm emprego, outros 22% já trabalharam
mas estão desempregados atualmente; na média, os jovens demoram 15 meses para
conseguir o primeiro emprego ou uma nova ocupação, nas regiões metropolitanas.
No total, 66% deles precisam trabalhar porque todo o seu ganho, ou parte dele,
complementa a renda familiar.
Tendo em vista, agora, a expectativa dos jovens
administradores, sua relação com mercado de trabalho e considerando que é algo
que muda com o passar das gerações, podemos observar que talvez estamos
vivendo, atualmente, uma das maiores discrepâncias entre o perfil dos novos
administradores e o modelo de trabalho vigente.
As pessoas, de uma maneira geral, sonhavam e ainda
sonham com um alto cargo numa grande empresa, sendo devidamente bem remunerado
e com uma certa estabilidade. Para assim ter uma vida tranquila e enfim se
aposentar. Esse modelo de vida ideal se exauriu com a chegada dessa geração,
que tem como valores a qualidade de vida e a liberdade profissional e pessoal.
Sendo muito diferente do sonho da casa própria de
seus pais, por exemplo, muitas empresas vêm buscando se adequar à essa nova
demanda afim de atrair os profissionais desejados. (Solomon,1994)
E ao mesmo tempo, novos valores vão surgindo dentro
das empresas e poderão convergir com a demanda desses novos entrantes. Como por
exemplo, a gestão do conhecimento que segundo Stewart "tornou-se o
principal ingrediente do que produzimos, fazemos compramos e vendemos". O
conhecimento colocado nessa importância poderá abrir portas para o profissional
ser mais livre, se reciclando e aprendendo coisas novas, assim como é
extremamente saudável para empresa se oxigenar.
Essa sinergia dos jovens administradores com a
grande relevância que novos valores, como a gestão do conhecimento, vêm
ganhando nas empresas parece ser uma evidência de que estamos assistindo uma
grande transformação das relações do mercado de trabalho.
REFERÊNCIAS:
http://faip.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/OyfnPUmk1bk5Uut_2015-5-18-21-40-39.pdf
Curti o texto! Muito atual e verdadeiro. Retratada a difícil realidade dos jovens num mercado de trabalho formal sobrecarregado de diplomados e um mercado informal muito ingrato porém necessário.
ResponderExcluirA mudança dos jovens é latente e tal mudança vem refletindo no mercado de trabalho. É muito bom ver que atualmente, as pessoas priorização a realização pessoal e a liberdade ao desenvolver seu trabalho não dando tanta importância a remunerações astronômicas. O cenário que vem sendo visto é bem motivador e o texto abordou a questão de maneira brilhante.
ResponderExcluirGostei do texto, retrata a realidade dos jovens e sua real situação no mercado de trabalho.
ResponderExcluirExcelente texto! Uma exposição clara e bem fundamentada de notórias transformações nas relações de trabalho. Parabéns!
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